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Nos dias 8 e 9 de junho ocorrerá na Pousada Recanto do Prado, em Prado (BA), o seminário e oficina Reconectando Florestas, “Desafios e oportunidades para ampliar a escala da restauração florestal no Extremo Sul da Bahia”. No segundo dia do evento teremos a formação de um Grupo de trabalho, no qual o grupo debaterá e compilará pontos/questões críticas sobre os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica dos munícipios de Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Lajedão, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e Teixeira de Freitas, com propostas de soluções para os gargalos identificados.

  • Contexto
    Os projetos da iniciativa “Reconectando Florestas” são frutos da integração dos esforços do Grupo Ambientalista Natureza Bela (NatBela) e do Instituto Ciclos de Sustentabilidade e Cidadania (CICLOS), que visam ampliar a escala da conectividade florestal e fortalecer a cadeia de restauração ecológica no Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia (Mapes).
    Eles estão sendo executados no âmbito do Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, que é uma realização do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha (BMU), com apoio financeiro do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
    De forma geral, as metas de restauração destes projetos são complementares, previstas para ocorrer no prazo de 24 meses:
    • O projeto do NatBela está focado na restauração do Corredor Ecológico Monte Pascoal – Pau Brasil, com a meta de restaurar 410 hectares, distribuídos entre unidades de conservação (73 ha), terras indígenas (20 ha) e áreas particulares (319 ha), adotando diferentes técnicas. As ações de restauração ocorrerão no Parque Nacional do Pau Brasil, nas aldeias Pataxó do Território Indígena de Barra Velha (Cassiana, Boca da Mata e Meio da Mata) e propriedades rurais e RPPNs localizadas no interstício entre o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal e o Parque Nacional do Pau Brasil, e na Área de Proteção Ambiental Caraíva-Trancoso, nos municípios de Guaratinga, Eunápolis e Itabela.
    • Já o projeto do CICLOS atuará no Corredor Monte Pascoal – Descobrimento, com o objetivo de restaurar 193 hectares, sendo 90 hectares no Parque Nacional do Descobrimento, 53 hectares no Parque Nacional Histórico do Monte Pascoal, 27 hectares de sistemas agroflorestais na Terra Indígena Comexatibá e mais 23 hectares em áreas de preservação permanente nesta terra indígena e em imóveis rurais localizados no corredor.
    Os projetos promoverão também ações de fortalecimento dos agentes locais da cadeia produtiva associada à recuperação da vegetação nativa, incluindo entre outras as seguintes atividades:
    • Promover o fortalecimento das capacidades e habilidades técnicas e gerenciais de agentes da cadeia produtiva da restauração florestal como coletoras(es) de sementes, produtoras(es) de mudas, reflorestadoras(es), entre outros, apoiando também na sua regularização
    • Oferecer orientação e suporte técnico para elaboração de planos de desenvolvimento/negócios;
    • Criar uma comunidade de aprendizagem e de intercâmbios de experiências exitosas, buscando registrar as lições aprendidas e promover alianças colaborativas e atuação em rede.
    • Promover a cultura florestal entre os proprietários rurais e agricultores em toda a área do Mapes, por meio da disseminação de informações qualificadas sobre o tema, realização de eventos comemorativos e informativos, dias de campo, etc. sempre em estreita cooperação com as demais iniciativas de restauração florestal em curso no território;
    É neste contexto que estamos promovendo o seminário e oficina Reconectando Florestas, que será realizado nos dias 8 e 9 de junho, na cidade do Prado, em parceria com diversas instituições públicas e privadas que atuam no território.

  • Objetivo
    Catalisar a integração e colaboração entre os diferentes projetos de restauração florestal em curso na região do Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia (Mapes).

  • Parceiros / público alvo
    De forma geral espera-se engajar os seguintes parceiros:
    • Fórum Florestal da Bahia e seus membros;
    • Fundo Ambiental Sul Baiano (FASB), incluindo as instituições beneficiadas;
    • Cooperativa de Florestamento e Reflorestamento da Aldeia Pataxó de Boca da Mata (Cooplanjé)
    • Lideranças indígenas, de populações tradicionais e de organizações da sociedade civil;
    • Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal e seus núcleos coletores;
    • Conservação Internacional, que anunciou recentemente uma iniciativa para restaurar pelo menos 5 mil hectares na região;
    • Grupos de trabalho dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica dos munícipios de Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Lajedão, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e Teixeira de Freitas;
    • Representantes dos órgãos gestores das áreas protegidas como ICMBio, Funai, Inema e secretarias de meio ambiente municipais;
    • Proprietários de RPPNs;
    • Universidades, empresas, comitês de bacia, proprietários rurais, entre outros interessados.