Desafios e oportunidades para ampliar a escala da restauração florestal no Extremo Sul da Bahia

Os projetos da iniciativa “Reconectando Florestas” são frutos da integração dos esforços do Grupo Ambiental Natureza Bela (NatBela) e do Instituto CICLOS de Sustentabilidade e Cidadania, que visam ampliar a escala da conectividade florestal e fortalecer a cadeia de restauração ecológica no Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia (Mapes).

Recentemente, foi promovido o seminário e oficina Reconectando Florestas, realizado nos dias 8 e 9 de junho, na cidade do Prado, em parceria com diversas instituições públicas e privadas que atuam no território; com objetivo de catalisar a integração e colaboração entre os diferentes projetos de restauração florestal em curso na região do mosaico.

Os pontos altos do encontro foram a conferência de abertura sobre o tema “Desenvolvimento baseado nas florestas: Tendências e desafios para a região na Década da Restauração da ONU”, proferida pelo prof. Ricardo Rodrigues USP/ESALQ). Depois ocorreu um grande intercâmbio com os projetos: Programa Arboretum (Renata Barros), Fundo Ambiental Sul Baiano (Raony Palicer / FASB), Flagship de Restauração Florestal (Ludmila Pugliese da Conservação Internacional), Symbiosis (Bruno Mariani), os Corredores de Biodiversidade: Caminhos para a construção de paisagens sustentáveis (Diomar Biasutti / Suzano) e a experiência Pataxó com restauração (Alvair José da Silva – ACIPAC Cassiana e Marivaldo Braz Brito – ACIPAM Meio da Mata).

Cerca de 100 pessoas participaram do encontro, entre elas os(as) Secretários(as) de Meio Ambiente dos Municípios de Padro, Teixeira de Freitas, Lajedão e Alcobaça, acompanhados dos representantes da sociedade civil destes municípios, para participarem de uma importante etapa da elaboração dos Planos Municipais da Mata Atlântica, debatendo estratégias de avançar as consultas publicas da percepção ambiental e identificando efeitos das mudanças climáticas na escala do município, utilizando a análise da “lente climática”.

A partir da elaboração dos PMMAs, a expectativa é contribuir para a conservação, restauração e uso sustentável do bioma Mata Atlântica em nível local, estimulando planejamento integrado para áreas protegidas, arborização urbana, adequação ambiental de propriedades rurais e práticas agrícolas mais sustentáveis, considerando as mudanças climáticas para definição de medidas que cooperem para manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, ajudando as pessoas a se adaptarem a uma nova realidade climática.