hora hiper – 01/06/2022 19h44

O encontro marca o início da construção de uma política pública municipal

A Semana do Meio Ambiente começa com boas notícias no dia em que acontece o primeiro encontro do grupo de trabalho formado para desenvolver o Plano Municipal da Mata Atlântica de Laguna. Conduzido pela Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama), o encontro marca o início da construção de uma política pública municipal, fundamental para o desenvolvimento sustentável da cidade.

O plano deverá cumprir, de forma coletiva, quatro objetivos principais: definir as áreas remanescentes e diagnóstico da mata atlântica; encontrar as principais causas de desmatamento da vegetação na cidade; além de estabelecer as áreas e ações prioritárias para recuperação e preservação do bioma.

Para isso foram formados nesse encontro, os sub grupos nessas diferentes áreas de trabalho. Além disso, o desenvolvimento do plano inclui a realização de uma consulta pública com a comunidade.

Formado por representantes das Secretarias de Governo, Fazenda, Planejamento, Educação, Pesca e Comunicação, Flama, além de representantes da Udesc, órgãos ambientais, sociedade civil e de empresas de consultoria ambiental do município, o grupo de trabalho terá encontros mensais, sempre na primeira quarta-feira do mês, às 14h, na sede da Prefeitura.

Porque é preciso ter um Plano Municipal da Mata Atlântica?

Muitos não sabem que Laguna está inteiramente inserida dentro do Bioma Mata Atlântica, assim como outros 17 estados brasileiros, abrangendo 15% do território nacional.

Diferentes tipos de formações naturais no município fazem parte deste bioma, como dunas, restinga, mata, vegetação de várzea, banhados e área alagadas. Atualmente, Laguna possui 7.756 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a 10 mil campos de futebol, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. Isso representa, somente 23% da mata original do município.

Além da exigência legal de construir um plano municipal, como estabelece a Lei da Mata Atlântica, o estudo será um documento público com informações importantes para o planejamento e licenciamento de atividades na cidade, no combate às enchentes, desastres naturais, manutenção da qualidade da água, além de ser critério na busca de projetos e verbas públicas para projetos.

“Não devemos salientar também a importância para a preservação do patrimônio natural de Laguna, os serviços ecossistêmicos que oferece, sua relação com a qualidade de vida e o turismo também. Esse esse importante documento também ajudará na solução de conflitos existentes”, destacou o biólogo da Flama, João Gabriel.