O MapBiomas, plataforma de dados acerca da cobertura e uso do solo do Brasil,  disponibiliza mapas e infográficos que contribuem para o planejamento municipal

Informações retiradas do site do MapBiomas (clique aqui para acessar) e da SOS Mata Atlântica (clique aqui para acessar)

O que é o MapBiomas?

O Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil é uma iniciativa que envolve uma rede colaborativa com especialistas nos biomas, usos da terra, sensoriamento remoto, SIG e ciência da computação, que utiliza processamento em nuvem e classificadores automatizados desenvolvidos e operados a partir da plataforma Google Earth Engine para gerar uma série histórica de mapas anuais de cobertura e uso da terra do Brasil.

Tem como propósito contribuir para o entendimento da dinâmica do uso do solo no Brasil e em outros países tropicais tendo como base:

  • – Desenvolvimento e implementação de uma metodologia rápida, confiável e de baixo custo para gerar mapas anuais de cobertura e     uso do solo do Brasil a partir de 1985 até os dias atuais (e posterior atualização anual).
  • – Criação de uma plataforma para facilitar a disseminação da metodologia para outros países e regiões interessadas utilizando a   mesma base de algoritmos.
  • – Estabelecer uma rede colaborativa de especialistas nos biomas brasileiros para o mapeamento da cobertura do solo e da sua   dinâmica de mudanças.

Todos os produtos do Projeto MapBiomas estão em constante evolução. O esforço inicial foi dividido em três fases:

  • – Fase 1 – gerou a coleção 1 (Beta) com legenda simplificada cobrindo o período de 2008-2015 (publicado em abril de 2016).
  • – Fase 2 – gerou a coleção 2 cobrindo o período de 2000-2016.
  • – Fase 3 – gerou a Coleção 3 cobrindo o período de 1985 – 2017.

Para mais informações do histórico do projeto, instituições participantes, metodologia do mapeamento e acesso à plataforma acesse o site do MapBiomas clicando aqui. Para visualizar o vídeo explicativo que apresenta as novidades da segunda coleção de mapas, com dados relativos ao período entre 2000 e 2016, clique aqui.

O MapBiomas e a Mata Atlântica

“Os dados do MapBiomas apontam que 56% da área urbana do Brasil está na Mata Atlântica, bioma que perdeu 5 milhões de hectares de floresta. Por outro lado, nos últimos 10 anos a regeneração superou o desmate.

Em São Paulo, por exemplo, já com grandes extensões de terra desmatadas nos anos 1980, o crescimento da agricultura nos últimos 20 anos – especialmente a cultura da Cana de Açúcar – se deu sobre áreas de pastagens. Destas áreas, as que restaram tiveram aumento de produtividade em vez de avançar sobre áreas de floresta. Como consequência, na última década a taxa de recuperação da Mata Atlântica em alguns estados já supera os desmatamentos e a cobertura florestal já começou a crescer. Nos últimos 10 anos, São Paulo ganhou 130 mil hectares de florestas que estão se regenerando.

O MapBiomas é um levantamento complementar ao Atlas da Mata Atlântica e, portanto, os estudos estão alinhados. No último período analisado (2016-2017) pelo Atlas da Mata Atlântica, por exemplo, o desmatamento no bioma teve o menor valor total da série histórica do monitoramento desde 1985, com 12.562 hectares desmatados, 56,8% em relação ao período anterior (2015-2016)”.

O MapBiomas o Planejamento Municipal

“Os dados apresentados por estudos como o MapBiomas e o Atlas da Mata Atlântica podem ser usados por municípios para, por exemplo, montar seus Planos de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica e a expansão da infraestrutura urbana; os estados podem aplicar os dados para o zoneamento ecológico-econômico; gestores de Unidades de Conservação (UCs) podem usar os dados como base para desenhar novas UCs e seus planos de manejo, entre outros”.

Em relação aos Planos Municipais da Mata Atlântica (PMMAs), os objetivos gerais a serem alcançados pelo plano devem ser condizentes com o cruzamento entre: a situação atual da Mata Atlântica, abordando os desafios e oportunidades para sua conservação e recuperação; os regramentos, ou seja, planos e programas existentes; as demandas da sociedade; e as capacidades e vocações do município.

Em relação a situação atual da Mata Atlântica, o PMMA deve indicar as áreas onde serão priorizadas as ações concretas de conservação e de recuperação da vegetação nativa no município. O estabelecimento, portanto, dessas áreas prioritárias, pode ser feito através de mapas temáticos.

O Curso Online PMMA  engloba o conteúdo referente a estas áreas: “É importante que as áreas prioritárias estejam claramente identificadas em um mapa. Inclusive esse mapa pode facilitar muito a implantação do PMMA, tanto em fiscalização, quanto em divulgação e na execução das ações. Se não for possível delimitar com precisão as áreas priorizadas, o mapa pode indicá-las e ao longo da execução do PMMA o mapeamento pode ser refinado”.

O MapBiomas se destaca, portanto, como uma ferramenta para qualificar o planejamento municipal. Assim, conforme a discussão da equipe, baseada no diagnóstico (principalmente no cruzamento dos mapeamentos) e nas contribuições da sociedade, devem ser selecionadas áreas prioritárias para conservação e para recuperação. Essas áreas irão embasar a discussão em torno das ações prioritárias. Estas, por sua vez, devem visar o alcance dos objetivos por meio da eliminação, redução ou direcionamento dos vetores de desmatamento ou destruição da vegetação nativa, bem como da recuperação da Mata Atlântica.

Informações mais aprofundadas acerca da contextualização e planejamento dos Planos Municipais da Mata Atlântica estão disponíveis no Curso Online! Clique aqui para mais informações e inscrições.