Planos de Mata Atlântica no Estado do Rio
Secretaria do Ambiente do RJ anuncia novos investimentos na região, como 15 viveiros de mudas de Mata Atlântica para ações de reflorestamento
Numa expressiva cerimônia que reuniu 13 prefeitos do Noroeste e dois do Norte Fluminense para debater o tema Gestão de Resíduos Sólidos, Minc entregou para o prefeito de Natividade, Marcos Antonio da Silva Toledo, e para o secretário municipal de Meio Ambiente de São José de Ubá e presidente da Cosemma/NF, Bismarck José Ney, os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica de suas cidades. Os demais planos serão entregues para as outras cidades do Noroeste Fluminense até o final de agosto.
Elaborados pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj) e pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser), os planos são instrumentos de planejamento e gestão que visam à conservação e recuperação do bioma Mata Atlântica.
Os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica orientarão políticas ambientais em uma região que possui alto potencial de expansão de áreas verdes e de implementação de políticas econômicas que beneficiem o produtor que mantiver florestas em pé.
Minc ressaltou que a região foi no passado muito maltratada e esquecida pelas autoridades, e que o atual Governo do Estado decidiu priorizar o Noroeste em muitas de suas políticas públicas.
Na área ambiental, o secretário anunciou ainda a implantação de 15 viveiros de mudas de Mata Atlântica – um em cada um dos 13 municípios do Noroeste e dois do Norte Fluminense, com capacidade de produção anual de 50 mil a 100 mil mudas.
Essas mudas serão fundamentais para o trabalho de reflorestamento das matas ciliares de rios da região, que será incentivado pela Secretaria do Ambiente com o pagamento por serviço ambiental promovido por agricultores cadastrados.
Minc destacou também obras no valor de R$ 600 milhões que deverão ser executadas em breve para resolver problemas de inundações em importantes cidades do Norte e do Noroeste Fluminense.
PLANOS DE PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA
Os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica – que preveem a participação ativa das populações dos municípios na sua formatação final – apontaram até agora que os 13 municípios do Noroeste Fluminense possuem 62,5 mil hectares de Mata Atlântica – 14% de suas áreas totais somadas. Além disso, têm potencial de reflorestamento de 74,9 mil hectares.
Como resultado da elaboração desses planos, o Noroeste Fluminense ganhou seis Unidades de Conservação. As áreas dessas novas unidades terão 19.584 hectares e vão proteger 295 nascentes e cinco espécies de animais ameaçadas de extinção. Para partes devastadas, está previsto o plantio de 24 milhões de mudas.
“Os remanescentes de Mata Atlântica ainda existentes e com alto grau de biodiversidade precisam ser preservados sob a forma de unidade de conservação. Os planos de conservação preveem uma série de ações de recuperação e de conservação e funcionam como catalisadores de politicas públicas”, explicou a superintendente de Biodiversidade e Florestas da SEA, Alba Simon.
“O próximo passo – continuou Alba – é orientar os municípios a apresentar projetos para obtenção de recursos no Fundo da Mata Atlântica, para a implementação das unidades, construir sedes e demarcar trilhas, entre outras iniciativas.”
UNIDADES MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO CRIADAS
Porciúncula: Área de Proteção Ambiental (APA) Ribeirão da Perdição, com 6.141 hectares;
Natividade: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Bela Vista Paraíso; 779,98 hectares;
Natividade: Monumento Natural (Mona) da Água Santa; 1.172,5 hectares;
Cambuci: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Chauá; 4.439,7 hectares;
Aperibé: Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Bolívia; 1.667 hectares;
São Fidélis: Área de Proteção Ambiental (APA) Rio do Colégio; 5.384 hectares.
UNIDADES MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO EM FASE DE CRIAÇÃO
Santo Antonio de Pádua: Monumento Natural (Mona) da Serra das Frecheiras; 1.558 hectares;
Itaocara: Serra da Caledônia; 845 hectares;
Itaocara: Serra do Cândido; 1.057 hectares.
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