Oficina vai traçar planos para o futuro da Mata Atlântica em Guaratinga

No início de novembro do ano passado foi realizada em Guaratinga a primeira oficina da construção do Plano Municipal de Mata Atlântica. Nessa atividade, diversos atores da sociedade civil e poder público construíram informações relativas à conservação e recuperação da Mata Atlântica no município. De posse desse diagnóstico construído coletivamente, o próximo passo é traçar planos para o uso sustentável da floresta e objetivos para recuperação de áreas degradadas. A construção desse plano de ação para a Mata Atlântica é o objetivo da oficina que a Secretaria de Meio Ambiente de Guaratinga, Gambá e Fundação SOS Mata Atlântica realizarão nos dias 3 e 4 de fevereiro, no Sindicato dos Servidores Públicos de Guaratinga (SISPUG).

“O Plano de ação se constrói a partir do diagnóstico, onde além das características socioambientais, são identificadas as potencialidades e as pressões que estão acontecendo no município. Com essas informações consideradas, é elaborada uma visão de futuro, onde queremos chegar daqui a 10 anos e a partir disso é definido um plano de ação com estratégias, responsabilidades e prazos a serem trabalhados”, explica Renato Cunha, coordenador executivo do Gambá.

Segundo Renato, algumas potencialidades do uso das áreas preservadas surgiram na oficina de diagnóstico, mas também a preocupação com atividades econômicas que precisam ser melhor conciliadas com a preservação. “Guaratinga tem um patrimônio natural que pode ser valorizado com o ecoturismo, como o Monumento Natural das Serra de Itamaraju. Existe também o Parque Nacional do Alto Cariri, mas que precisa melhorar sua gestão, inclusive com a elaboração do plano de manejo e instalação do conselho gestor. Já em termos do uso e ocupação do solo o município tem um percentual grande de pecuária e de monocultura de eucalipto no seu território”, afirma ele.

Planos Municipais de Mata Atlântica

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica é um instrumento previsto na Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/06), que deve ser pactuado entre diversos atores sociais para pautar políticas públicas de conservação da Mata Atlântica. Ele é composto de um diagnóstico da situação do município e um plano de ação visando o futuro.

Após ser construído de forma participativa, o plano deve ser aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e, com isso, o município pode pleitear financiamentos do Fundo de Restauração do Bioma Mata Atlântica, assim que ele for regulamentado.

A construção do diagnóstico de Guaratinga faz parte do projeto executado pelo Gambá e SOS Mata Atlântica, em parceria com a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA, WWF, Conservação Internacional, Veracel Celulose, Rede de ONGs da Mata Atlântica, Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e prefeituras. Estão sendo realizados os Planos Municipais de Conservação e Recuperação de Mata Atlântica de 9 municípios do sul e extremo sul da Bahia: Belmonte, Canavieiras, Eunápolis, Mascote, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi e Santa Cruz Cabrália.

Serviço

Oficina para construção do Plano de Mata Atlântica de Guaratinga

Quando: 03/02 – 13 às 17h

                 04/02 – 9 às 17h

Onde: SISPUG (Sindicato dos Servidores Públicos de Guaratinga)

      Avenida JK, 641, Centro, ao lado da prefeitura, Guaratinga/BA.

Para mais informações sobre participação: Osvaldina Cruz –  (73) 9994 1463 – Vivo / (73) 9152 1090 – TIM

Para informações à imprensa: Juliana Ferreira (71) 9321 3605

Fotos: Atividades da primeira oficina realizada em Guaratinga, no dia 05/11/2014, onde foram recolhidas as informações para a confecção do diagnóstico de Mata Atlântica do município. Crédito: Acervo Gambá