Uma nova ferramenta do Google promete ajudar cidades pelo mundo a entenderem melhor a dinâmica de suas áreas verdes. Chamada de
Tree Canopy Lab, ela é capaz de analisar as ruas da cidade e criar um mapa sobre a disposição de árvores entre elas, indicando quais bairros se beneficiam mais de sombras e quais precisam de uma maior vegetação.
(Matéria retirada da hypeness: clique aqui para acessar)
O projeto faz parte do Environmental Insights Explorer, plataforma criada pela empresa americana para refletir sobre as mudanças climáticas e a poluição do ar. Os primeiros testes foram feitos na cidade de Los Angeles, na Califórnia, mas o Google pretende expandir a ferramenta para todo o mundo.
“Uma das melhores maneiras de fazermos centenas ou milhares de cidades é primeiro fazer uma ou duas cidades”, diz Nithya Sowrirajan, diretora do Google Maps.
O Google usa de inteligência artificial para conseguir detectar e medir as árvores por meio de fotos aéreas. A companhia também trabalha no desenvolvimento da Global Forest Watch, uma ferramenta que monitora os níveis de desmatamento por meio de análise via satélite.
Los Angeles é uma das cidades que está levando o “Green New Deal”, pacote de medidas ambientais para conter as mudanças climáticas, muito sério. A administração local pretende plantar 90 mil árvores nas ruas e aumentar em 50% o tamanho das copas existentes na vegetação local.
Com o uso do Tree Canopy Lab, a cidade pretende identificar os melhores locais para plantar as árvores e quais tipos seriam os mais adequados.
A presença de árvores é muito benéfica não só para limpar o ar como para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas também para diminuir o efeito das chamadas “ilhas de calor urbanas”. Com a presença de grandes prédios de concreto, as temperaturas acabam ficando mais altas em dias quentes do que já seria.
Além de utilizar a ferramenta do Google, a cidade americana também está contando as árvores uma a uma de forma manual. Uma equipe de pesquisa tem circulado pela cidade para entender melhor sobre a disposição delas, seus tamanhos e estados. Apesar disso, é um processo que tem empecilhos complexos como o fato de que 90% da vegetação da cidade está em propriedades privadas.
Rachel Malarich, a primeira oficial florestal de Los Angeles avalia a iniciativa do Google como positiva. “A cidade não tinha essa capacidade, especialmente nesta década de ações climáticas afirmativas, de fazer esse controle e atualizá-lo sem que isso fosse extremamente caro. Com a ferramenta do Google nós temos essa plataforma não só para explorar e pensar nas melhores decisões a serem tomadas, como também em me permitir que eu não planeje uma estratégia sobre como vamos contratar uma assessoria para continuar a observar isso. Seria algo que custaria recursos em termos de tempo e financiamento futuro”, explica.