Schirlene Chegatti, que assumiu a pasta de meio ambiente e agricultura, foi a quarta entrevistada na série de conversas com os novos secretários de Joinville
A secretária Schirlene Chegatti, que assumiu a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Joinville (Sama) na nova gestão, foi entrevistada pelo jornal A Notícia e pela CBN Joinville na manhã de quinta-feira (14). Em pauta, a morosidade nos processos de emissão de alvarás e licenciamentos em Joinville, a necessidade de novas soluções para o descarte de lixo, turismo ecológico e desenvolvimento rural.
Schirlene tem experiência em gestão ambiental e na área química. Ela tem formação superior em Química Industrial e mestrado e doutorado em Engenharia Ambiental, e trabalhou na Schulz, em Joinville. Segundo ela, a participação no processo seletivo do Novo ocorre porque acreditav na necessidade de fazer a cidade evoluir em algumas questões importantes para o desenvolvimento.
— Por muitas vezes tenho me deparado com algumas situação e acredito que, de alguma forma, eu possa contribuir para que o desenvolvimento da cidade ocorra de forma sustentável e ecologicamente equilibrada e economicamente viável para todos os cidadãos — disse.
(Matéria retirada da Agência EcoDebate: clique aqui para acessar)
Comitê de desburocratização
Eu entendo que a Sama tem um desafio bem grande e a gente já começou as nossas conversas de como vamos chegar nesta situação de proporcionar a desburocratização dos processos, aonde a gente possa atuar de acordo com a legislação e até alterar a legislação para que ela seja mais compatível com a nossa realidade e com o desenvolvimento que a cidade precisa.
Agilizar processos de alvará e licenciamento
Acredito plenamente que é possível reavaliar o modelo e propor adaptações, mas sempre com a segurança jurídica para os servidores e empreendedores. Há pequenas ações que podemos fazer para agilizar este processo, seja ele eletrônico, seja na legislação que às vezes está desatualizada, e que a gente consegue fazer sem prejuízo nenhum à questão ambiental. E simplificando alguns processos que a gente tem, sem perder o respaldo técnico, fazendo com que se torne mais rápido e menos burocrático, fazendo com que a gente cumpra pelo menos os prazos legais que a gente tem previsto na legislação para aprovação de projetos e certidões…
Cota 40
Aterro sanitário
Nacionalmente, está se migrando pra uma nova política de tratamento de resíduos urbanos. Não tenho a informação completa aqui porque a gestão do aterro não está sob a Sama, mas acredito que a gente pode estudar outras opções, mais a médio e longo prazo, que podemos estar adotando. A gente já tem uma política federal a médio e longo prazo que incentiva outras tecnologias além do aterramento, mas é claro que a gente tem que avaliar as opções que são economicamente viáveis para a cidade, e principalmente para o contribuinte.
Desenvolvimento rural
Minha formação não é tanto na agricultura, apesar de eu ter um contato com algumas atividades relacionadas a isso pela minha participação nos Conselhos Municipais, eu já tinha algum contato com as definições de algumas regras para esta atividade. Meu conhecimento é mais superficial nesta demanda, então eu já defini uma secretaria específica, que tem formação específica nesta área, e acredito que ao longo do tempo a gente poderá estruturar a agricultura em Joinville, valorizar a agricultura familiar, e terá um suporte técnico muito consistente para que a gente possa proporcionar o melhor desenvolvimento e propiciar a retomada da agricultura que temos aqui em Joinville.
Potencial ecológico de Joinville para turismo
Acredito que é possível, inclusive, no ano passado, no conselho de meio ambiente, a gente aprovou o plano de manejo de gestão da mata atlântica, que é previsto por lei. Eu participei inclusive desta elaboração, e dentro dela já existe a previsão de ações neste sentido, de valorizar a gestão das áreas verdes em áreas urbanas e já direcionadas para conservação e, inclusive, para o manejo destas áreas.